A febre aftosa é uma doença infecciosa aguda que atinge principalmente bovinos, ovinos, suínos e caprinos. Com possibilidade de transmissão por longas distâncias, ela é um assunto de saúde pública e merece total atenção dos produtores.
Quer saber como essa doença é transmitida e por que você deve evitar que seus animais a contraiam? Nós vamos te explicar tudo o que você precisa saber sobre o assunto a seguir.
O que é?
Como dissemos anteriormente, a febre aftosa é uma doença infecciosa aguda. De curta duração, cerca de 2 a 3 semanas, essa zoonose pode ser causada por 7 sorotipos diferentes. Mas a distinção entre eles só é possível em laboratório, já que os sinais clínicos de todos eles são bastante semelhantes.
Os animais mais suscetíveis a essa doença são os bovinos, ovinos, suínos e caprinos. Destacamos que é proibida a vacinação de caprinos, ovinos e suinos, pois eles são animais sentinelas. Além deles, a febre aftosa também pode afetar camelos, lhamas, alpacas e outros animais silvestres de cascos fendidos, como capivaras e elefantes. O que talvez você não saiba é que essa doença também pode afetar os seres humanos. Mas nós vamos falar mais sobre esse assunto a seguir.
Quais são os sinais?
Os principais sintomas da febre aftosa são as aftas e úlceras na boca e pés de animais de casco fendido. Mas, é importante ressaltar que cada espécie pode apresentar indícios diferentes. Por essa razão, é importante estar sempre atento a todos os sinais a seguir:
Bovinos
Nos bovinos, a febre aftosa normalmente vem acompanhada de:
- Febre;
- Inquietação;
- Tremores;
- Salivação;
- Redução da produção de leite;
- Dor ao ordenhar ou amamentar;
- Dificuldade de mastigar e engolir;
- Emagrecimento.
Ovinos e caprinos
Em ovinos e caprinos os sinais na boca são menos frequentes. Mas, em compensação, eles normalmente apresentam:
- Febre;
- Inflamação das lâminas do casco (laminite aguda);
- Manqueira;
- Apatia.
Suínos
Já nos suínos, os sinais na boca são menos visíveis. Porém, é comum o aparecimento de vesículas na língua e no focinho. Além disso, o animal também pode apresentar:
- Febre;
- Inflamação das lâminas do casco (laminite aguda);
- Inquietação;
- Dificuldade para mastigar e engolir alimentos.
Os seres humanos realmente podem pegar?
A transmissão da febre aftosa para humanos é extremamente rara, mas há registros da ocorrência. Na verdade, a única vez que isso aconteceu foi na Grã Bretanha, em 1966. Na época, percebeu-se que os efeitos e sintomas da doença nos seres humanos são semelhantes à gripe, com o surgimento de algumas aftas.
Como ocorre a transmissão?
As formas mais comuns de transmissão dos vírus da febre aftosa são pelo contato direto com animais infectados e com alimentos e objetos contaminados.
Uma vez que o vírus atinge o animal, ele se concentra especialmente no fluido das vesículas. Mas a transmissão por meio da saliva, leite e fezes do animal também é bastante comum. Até mesmo no sangue do animal é possível encontrar o vírus, quando a doença se encontra no pico.
Isso significa que qualquer objeto que for contaminado por essas fontes é um perigoso foco de transmissão. Isso inclui caminhões, carretas, locais de feiras, estradas e pessoas. Todos eles podem ser infectados e acabar passando o vírus para os animais.
Vale ressaltar que a transmissão aérea também é possível, se o clima for favorável para que isso ocorra. Esse fato torna a transmissão ainda mais perigosa, já que o vírus pode percorrer grandes distâncias.
Por que é tão importante evitar a febre aftosa?
É verdade que essa doença raramente é fatal, com exceção de animais muito jovens. Porém, os efeitos da febre aftosa são bastante preocupantes, já que podem afetar a saúde do animal ao ponto de prejudicar a produção.
Mas esse é apenas um dos problemas. O vírus da febre aftosa possui um alto poder de difusão, que pode ser transmitido por grandes distâncias e longos períodos de tempo. Por essa razão, a maioria dos países colocam barreiras para evitar a transmissão da doença.
Consequentemente, a partir do momento que um animal é identificado com essa zoonose, a comercialização de animais próximos a ele, seus produtos e subprodutos são proibidos. Ou seja: a doença possui um grave efeito comercial que prejudica toda a economia do país.
Como prevenir?
A boa notícia é que existe uma forma de prevenir essa doença. Apesar de não ter cura, a febre aftosa pode ser prevenida com a vacinação de bovinos e bubalinos.
Com o objetivo de extinguir e prevenir contra a doença, a vacinação é realizada em todos os estados do país e no Distrito Federal. A única exceção é Santa Catarina, que não apresenta casos da doença desde 2000. A vacinação é realizada conforme calendário oficial de cada região do país e também demanda cuidados para garantir sua eficácia.
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